Novas Formas de Comunicação: Expressão facial, Olhos e Ondas Cerebrais.

Durante os primeiros testes com a tecnologia do VoxForEla — nossa startup social que visa devolver a voz a quem perdeu a capacidade de falar — enfrentamos um grande desafio que nos fez repensar e evoluir o projeto.

Realizamos recentemente um teste com a primeira usuária da nossa plataforma: uma paciente diagnosticada com ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) há 6 anos. Nosso objetivo inicial era utilizar as microexpressões faciais como forma principal de captação das respostas, como levantar levemente as sobrancelhas, piscar ou movimentar os cantos da boca. No entanto, ao aplicarmos o teste, percebemos uma limitação importante.

Com o avanço da doença, essa paciente já não conseguia mais realizar movimentos faciais de forma proposital. O que seria uma das principais formas de interação proposta no início do projeto, mostrou-se inviável para uma parcela significativa do público-alvo. E esse caso não foi isolado: ao conversarmos com outras famílias que também convivem com a ELA, vimos que essa realidade se repete.

A decisão: adaptar para acolher mais vidas

Diante disso, decidimos pivotar o projeto. O VoxForEla será ainda mais inclusivo. A partir de agora, nossa tecnologia contará com três formas diferentes de captar a resposta dos usuários:

  1. Microexpressões faciais – Para usuários que ainda possuem controle parcial de músculos do rosto.

  2. Movimento ocular (eye tracking simplificado) – Para pacientes com mobilidade facial reduzida, mas que ainda conseguem movimentar os olhos.

  3. Sinais cerebrais via EEG (Eletroencefalograma) – Estamos estudando a viabilidade técnica de integrar o uso de uma interface cerebral, que capta impulsos elétricos do cérebro, permitindo que usuários interajam apenas com a mente.

Essa decisão amplia significativamente o alcance do VoxForEla e reafirma nosso compromisso com a missão principal: devolver a voz àqueles que perderam a fala — independentemente do estágio da doença.

O futuro do VoxForEla é adaptável

Nosso time de desenvolvimento está agora reorganizando o escopo técnico para incluir esses três modos de entrada de dados. Paralelamente, iniciamos as conversas e estudos com especialistas da área de neurociência e tecnologia assistiva para avaliar a melhor forma de implementar a interface por EEG de forma segura e acessível.

Esse é o tipo de avanço que só acontece porque estamos próximos da realidade dos pacientes. O VoxForEla não é um projeto construído em laboratório — é construído em casa, no cuidado diário, no carinho das famílias, e nas reais necessidades de quem não consegue mais se expressar.

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